A T1 é a nova campeã do VCT Masters, entregando mais um título internacional para a região do Pacifico. Com isso, chegamos a um questionamento – Estamos vendo mais uma dominação asiática nos esports?

O recente título da T1 no VCT Masters Bangkok colocou em evidência um fenômeno que já vinha se desenhando nos últimos meses: o crescimento das equipes asiáticas no VALORANT. Com um histórico de domínio em outros eSports, como League of Legends e StarCraft, a Coreia do Sul e a China demonstram que também podem ser protagonistas no FPS da Riot Games. Mas o que está por trás dessa ascensão? E o que isso significa para o cenário competitivo global?
A construção do sucesso asiático em FPS

Historicamente, a supremacia asiática esteve concentrada em gêneros como MOBA e RTS. Enquanto League of Legends e StarCraft já eram territórios consolidados na Coreia do Sul e na China, os jogos de tiro, como CS:GO e Rainbow Six Siege, sempre contaram com a força de equipes europeias e norte-americanas.
O VALORANT, entretanto, abriu espaço para uma nova dinâmica. Desde o início, a Riot Games tem investido no crescimento da cena asiática, e equipes como EDward Gaming, Gen.G e, mais recentemente, T1, demonstram que essa região pode competir de igual para igual em FPS.
Fatores que impulsionam a dominância

Um dos principais fatores por trás do sucesso asiático é a cultura de treino e a infraestrutura robusta oferecida pelas organizações da região. Com treinos intensivos, análises minuciosas e uma abordagem disciplinada, os jogadores desenvolvem um nível de sinergia que se traduz em performances de alto nível. O investimento em centros de treinamento, preparações físicas e mentais, além da contratação de treinadores experientes, reforça esse cenário.
Além desses aspectos estruturais, a adaptação ao meta e a valorização do DNA dos jogadores também têm sido determinantes. Conforme explica Guilherme Spacca, analista de VALORANT:
“Acho que o que eu posso dizer é que as equipes asiáticas têm buscado se adaptar ao meta, mas ao mesmo tempo valorizando o DNA que seus jogadores têm com alguns agentes, transformando uma composição que então todo mundo sabe como funciona em algo bem diferente e talvez mais único, caso da Lótus da EDG e também da Pearl da T1.“
Essa capacidade de reinventar composições tradicionais, mantendo a identidade única dos jogadores, confere às equipes asiáticas uma vantagem estratégica e uma abordagem inovadora que as diferencia no cenário global.
O que o Ocidente pode aprender?
Com o crescimento acentuado das equipes asiáticas, as regiões ocidentais precisam repensar suas estratégias para manter a competitividade. Enquanto os ocidentais muitas vezes enfatizam a individualidade dos jogadores, a abordagem asiática demonstra a eficácia de uma preparação coletiva, onde o trabalho em equipe e a disciplina tática se sobressaem. Investir em infraestrutura, metodologias de treino e análise de jogo pode ser o caminho para equilibrar a disputa e responder a esse novo cenário.
Para onde vai o VALORANT competitivo?

A vitória da T1 no VCT Masters Bangkok pode ser apenas um indício de uma tendência maior. O VALORANT está se consolidando como um jogo com potencial global, onde diversas regiões se destacam.
Entretanto, a ascensão das equipes asiáticas sugere que podemos estar entrando em uma nova era para os FPS, onde Coreia do Sul e China desempenham papéis de destaque. Se essa tendência se confirmar, o futuro do VALORANT se mostrará ainda mais desafiador para as regiões ocidentais, que terão de evoluir rapidamente para evitar um domínio absoluto da Ásia.
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