Chronobreak no League of Legends: Como funciona e por que é importante?

O tema voltou a ser comentado depois da partida entre a Cloud9 e a Team Liquid. Então, vamos aprender o que é o Chronobreak?

Chronobreak, mecânica de voltar no tempo, similar a ultimate do campeão Ekko - Reprodução: League of Legends

O Chronobreak é uma ferramenta essencial utilizada pela Riot Games para manter a integridade competitiva no League of Legends. Ele permite que uma partida profissional seja restaurada para um estado anterior em caso de falhas técnicas ou bugs que comprometam a jogabilidade. Embora seu uso seja relativamente raro, o Chronobreak já foi ativado em momentos decisivos de campeonatos internacionais e regionais.

O que é o Chronobreak?

O Chronobreak é um sistema que permite aos administradores do jogo retroceder uma partida a um ponto seguro antes de um erro crítico. Ele é ativado apenas em competições oficiais da Riot e funciona por meio dos logs do servidor, que registram todas as ações dos jogadores, garantindo que o jogo possa ser recriado com precisão.

No entanto, essa ferramenta não pode ser usada arbitrariamente. Erros humanos, como um jogador errando uma habilidade ou tomando uma decisão ruim, não justificam seu uso. Ele é reservado para casos específicos, como falhas de conexão causadas pelo servidor ou bugs que impactem diretamente a jogabilidade.

Quando o Chronobreak pode ser ativado?

A decisão de utilizar o Chronobreak passa por uma análise da equipe técnica da Riot, e ele pode ser ativado nas seguintes situações:

  • Bugs críticos que alteram o funcionamento normal do jogo.
  • Falhas nos servidores da Riot, como desconexões que afetem a integridade da partida.
  • Problemas técnicos em eventos presenciais, como quedas de energia ou falhas de hardware.
  • Ele não pode ser utilizado para refazer jogadas ruins ou decisões erradas dos jogadores.

Exemplos famosos de Chronobreak

G2 Esports e SKT T1, confronto do Worlds 2019 que teve um caso de Chronobreak - Foto: Reprodução

1. Worlds 2019 – G2 vs. SK Telecom T1

Durante a semifinal entre G2 e SKT, um bug impediu que Lee Sin, jogado por Clid, utilizasse seu ultimate corretamente. A Riot pausou a partida e, após análise, decidiu ativar o Chronobreak para retornar o jogo a um momento antes do erro.

2. CBLOL 2021 – paiN Gaming vs. KaBuM

No CBLOL 2021, um bug relacionado à passiva do Wukong causou problemas na visão do mapa. Para evitar prejuízo competitivo, o Chronobreak foi ativado e a partida voltou para um ponto seguro.

3. LCS 2017 – Cloud9 vs. FlyQuest

Uma falha no servidor fez com que um jogador da Cloud9 fosse desconectado no meio de uma luta crucial. Como o problema não foi causado pelo jogador ou pela equipe, a Riot restaurou a partida utilizando o Chronobreak.

Caso recente: Chronobreak na fase Américas da LTA

Team Liquid, equipe que venceu a LTA e passou por uma análise de Chronobreak - Foto: LTA Sul/Flickr

A fase Américas da Liga das Américas (LTA) foi palco de um dos usos mais recentes do Chronobreak. Um incidente ocorreu durante uma partida, resultando na decisão da Riot de utilizar a ferramenta para garantir a justiça competitiva. Durante o jogo entre a Cloud9 e a Team Liquid, valendo uma vaga para a grande final, ocorreu um caso que era passível de um Chronobreak.

Durante o terceiro jogo, na luta decisiva, o suporte da C9, Vulkan, foi usar um combo com a sua Poppy, usando as habilidades E e Ultimate. Contudo, a sua ultimate não saiu, mas mesmo assim entrou no tempo de recarga. Ou seja, era como se ela tivesse sido conjurada, mas não houve a sua execução. Por ser um combo que poderia resultar em um controle de grupo grande, ele poderia ter ganho a luta e o jogo eventualmente.

Então, com isso a partida foi pausada e se iniciou uma longa e demorada discussão. Depois de mais de 40 minutos de jogo parado foi anunciado que o Chronobreak não funcionou e por conta disso o jogo iria acontecer normalmente. Obviamente isso deixou toda a comunidade confusa, se perguntando o que estava acontecendo. Inclusive, o Vulcan, suporte da Cloud9 foi nas suas redes sociais explicando o ocorrido.

“Desculpe pelo final anticlimático, meu R deu bug, então nos ofereceram um chronobreak, infelizmente a ferramenta chronobreak não funcionou. O lado bom é que provavelmente estávamos perdendo o jogo de qualquer forma, é o que é.

Gg’s para TL eles eram muito melhores”

Limitações e desafios do Chronobreak

Embora seja uma ferramenta poderosa, o Chronobreak apresenta algumas limitações:

  • Pode levar tempo para ser ativado, pois a Riot precisa avaliar cuidadosamente cada caso. Inclusive isso foi visto durante a LTA, com um longo tempo de espera.
  • Pequenas variações podem ocorrer, já que o jogo é reconstruído com base nos registros do servidor, e algumas ações podem ser ligeiramente diferentes.
  • Impacto na dinâmica da partida, já que pausas longas podem afetar a concentração dos jogadores.

O impacto do Chronobreak no cenário competitivo

O Chronobreak é uma tecnologia crucial para manter a competitividade do League of Legends em alto nível. Apesar de seus desafios, sua implementação tem ajudado a Riot a garantir que falhas técnicas não determinam o destino de partidas importantes. Seu uso criterioso e limitado reforça a credibilidade dos torneios e a confiança dos jogadores e espectadores na integridade do cenário competitivo.

Com o caso recente na LTA, mais uma vez o Chronobreak demonstrou sua importância. A discussão sobre seu impacto e limitações segue relevante, especialmente à medida que os campeonatos se tornam cada vez mais disputados e os detalhes técnicos fazem a diferença entre vitória e derrota.

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